TEMA: Fraternidade e vida: dom e compromisso
LEMA: “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34)

OBJETIVO GERAL: Conscientizar, à luz da Palavra de Deus, para o sentido da vida como Dom e Compromisso, que se traduz em relações de mútuo cuidado entre as pessoas, na família, na comunidade, na sociedade e no planeta, nossa Casa Comum.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1. Apresentar o sentido da vida proposto por Jesus;
2. Propor a compaixão, a ternura e o cuidado;
3. Fortalecer a cultura do encontro, da fraternidade e da revolução do cuidado;
4. Promover e defender a vida da fecundação ao seu fim natural;
5. Despertar as famílias para a beleza do amor;
6. Preparar os cristãos e as comunidades para anunciar o Reino de Deus;
7. Criar espaços nas comunidades para que, pelo Batismo, Crisma e pela Eucaristia, todos perceberem, na fraternidade a vida como dom e compromisso;
8. Despertar os jovens para o dom e beleza da vida e para cuidar de outros jovens;
9. Valorizar, divulgar e fortalecer iniciativas em favor da vida;
10. Conscientizar para vivência da ecologia integral.

SOMOS CONVOCADOS:
– À reflexão sobre o significado mais profundo da vida e a encontrar caminhos para que esse sentido seja fortalecido ou reencontrado, a vida é Dom e Compromisso! Seu sentido consiste em ver, solidarizar-se e cuidar. Significa não passar cego às dores das pessoas;
– A olhar com mais atenção para a vida, a compadecer-se verdadeiramente com a dor do outro.

A CF 2020 toma como referência a Parábola do Bom Samaritano (Lc 10,25-37), como personagens anônimos, o Sacerdote e o Levita, que se desviam do homem ferido, pois não tinham tempo para ele. O Samaritano aproxima-se do ferido e, movido pela compaixão doa o seu tempo ficando com ele à noite na hospedaria, paga as despesas de sua estadia e promete retribuir ao dono da hospedaria tudo o que porventura gastasse a mais para cuidar daquele que sofreu o assalto. Sua postura inesperada é o núcleo do ensinamento de Jesus: o próximo não é apenas alguém com quem possuímos vínculos, mas todo aquele de quem nos aproximamos.

Não é a Lei, vínculo sanguíneo ou ligação afetiva que estabelecem as prioridades, mas a compaixão, que impulsiona o fazer pelo outro aquilo que nos é possível, rompendo com toda indiferença. O compromisso evangélico é radical: todos devem ser amados, sem distinção.

Há uma intima conexão entre evangelização e promoção humana que se deve exprimir e desenvolver em toda a ação evangelizadora. Tudo a partir do coração do evangelho em nossa Igreja, em nossas comunidades.

TER INICIATIVA:
 Redescobrir os lugares onde não há presença de uma comunidade eclesial missionária e ali ser presença de vida;
 Ir além das tradicionais reuniões que acontecem criando outros espaços e momentos que favoreçam a partilha da vida e da experiência de fé entre os membros da comunidade;
 Superar a lentidão que subordina a ação missionária à existência de espaços físicos e construções, sendo criativos, valorizando as casas das famílias, espaços físicos cedidos, alugados e outros espaços;
 Valorizar o protagonismo dos leigos e leigas com a criação e fortalecimento dos diversos serviços e ministérios, bem como dos conselhos de pastoral e de administração nas comunidades.

ENVOLVER:
 Estabelecer parcerias com a comunidade escolar local tendo em vista a formação para convivência a partir do resgate dos valores humanos;
 Acompanhar as famílias, com uma especial atenção as várias expressões de juventudes;
 Promover rodas de conversa sobre temas diretamente ligados à realidade local.

ACOMPANHAR:
 Promover iniciativas na perspectiva da iniciação à vida cristã, centrada na Palavra de Deus, que visem a encontros vivenciais que despertem o seguimento e o discipulado;
 Redescobrir a importância da liturgia como momento forte em que se experimenta o cuidado de Deus por nós;
 Celebrar missionariamente, com as famílias enlutadas, a dor que brota da morte de entes queridos;
 Promover a valorização das celebrações da Palavra de Deus com a formação dos ministros da Palavra no horizonte do Documento 108 da CNBB.

Clipe Oficial do Hino da Campanha da Fraternidade 2020

FRUTIFICAR:
 No âmbito pessoal: fazer um sério exame de consciência tendo em vista o pecado da omissão;
 No âmbito da comunidade: torná-las verdadeiramente “casa da acolhida”. “casa da amizade”, “casa do fraterno cuidado”, firmando o projeto de chegar ao Domingo de Páscoa do Senhor com novas comunidades formadas;
 No âmbito da sociedade: redescobrir a esperança como força agregadora de sentido à vida. Dessa forma, que os leigos e leigas não se isentem da participação social e política, sendo canais de diálogo em tempos de radicalizações.

CELEBRAR:
 Não descuidar dos momentos de confraternização;
 Promover iniciativas que favoreçam a amizade entre as pessoas: passeios, mutirões, ações caritativas e ecológicas, prática de esportes, dentre outros.

ACOLHER:
 Organizar espaços de acolhida, casas pró-vida, lugares de escuta e apoio à vida, casas terapêuticas e de apoio a familiares de dependentes químicos, espaços onde a vida possa ser cultivada e promovida, lugares de valorização da vida em todas as suas etapas;
 Criar centros de escuta e programas de prevenção ao suicídio, bem como capacitar os agentes de pastoral a identificar possíveis sinais que apontem para o risco de a pessoa tomar essa atitude;
 Ampliar o serviço e a escuta aos pobres, implementando a ideia de construção de casas de apoio, proporcionando alternativas de superação da pobreza.

PROTEGER:
 Formar redes de proteção, com equipes multidisciplinares, bem como agentes de pastoral que possam colaborar na defesa do nascituro e apoiar aqueles e aquelas que se encontram em situação de vulnerabilidade social;
 Criar e fortalecer grupos de valorização da vida e prevenção ao suicídio.

PROMOVER:
 Formação da consciência sobre o valor da própria vida e da vida do próximo;
 Propor a formação de agentes para cuidados paliativos;
 Presença junto aos hospitais, principalmente os católicos, para que aprofundem seu agir, em consonância com a proposta da vida cristã;
 Projetos com universidades e escolas, públicas e particulares, para a promoção da cultura do encontro.

INTEGRAR:
 Incentivar a consciência da dignidade do ser humano e a importância da justiça restaurativa em todos os âmbitos, principalmente no âmbito carcerário;
 Combater a visão reducionista da vida com uma visão integral do ser humano e dos seus direitos, promovendo os movimentos e associações que se dedicam às suas defesas e garantias;
 Prevenção ao feminicídio, valorização da mulher, grupos de apoio, partilha de vida, rodas de conversas.

Como objetivo específico nossa paróquia optou pela arrecadação de alimentos não perecíveis para nossos irmãos menos favorecidos. As doações podem ser deixadas em nossas celebrações cotidianas ou na Secretaria Paroquial.

Desejamos que este caminho para a Páscoa do Senhor nos ajude na conversão pessoal e comunitária, e que a esperança seja companheira para vencer as trevas da injustiça, da violência e da opressão. Como as mulheres que visitarem o túmulo e ficaram surpresas quando não o encontraram, queremos também ver e anunciar que a morte não vencerá. A vida triunfou!

Diácono Caio Matheus Caldeira da Silva
PASCOM – Paróquia Santa Rita de Cássia – Londrina (PR)