Celebrada na quinta-feira após o domingo da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes. Esta solene festa teve origem na Bélgica no início do século XIII onde Santa Juliana de Mont Cornillon, irmã agostiniana, aos seus 17 anos teve uma visão, e pediu a Jesus no Santíssimo Sacramento, que lhe fosse concedido saber o seu significado. Ela então teve o discernimento de sua visão, onde a Igreja representada pela lua brilhante, contendo uma sombra escura, como uma faixa que a dividia ao meio, significava a falta da solenidade em honra ao Seu corpo e sangue.

Em uma época em que a maioria dos cristãos já havia perdido o sentido profundo do Mistério Eucarístico, irmã Juliana pertencia a um Movimento Eucarístico, que também deu origem a vários costumes, como a Exposição e Bênção do Santíssimo Sacramento e o uso dos sinos durante a elevação na Santa Missa. E em 1246 como Priora da Abadia de Mont Cornillon, revelou sua visão ao Bispo de Liége, Dom Roberto de Thorete, foi quando pela primeira vez, foi celebrada a solenidade de Corpus Christi em sua diocese, na paróquia de Saint Martin.

E diante de um fato extraordinário ocorrido em Bolsena na Itália, em que um sacerdote alemão, a caminho de Roma, cheio de dúvidas da presença de Jesus na Eucaristia, pedia a Deus um sinal. Eis que, enquanto celebrava a Santa Missa, a hóstia começou a sangrar abundantemente. Este acontecimento foi determinante para que o Papa Urbano IV, ao receber o corporal, levado em Orvieto, instituísse a Festa de Corpus Christi com a Bula “Transiturus de hoc mundo” de 11 de agosto de 1264, 6 anos após a morte da irmã Juliana aos 66 anos.

Assim, aos poucos, a festa se expandiu pela Igreja inteira, sobretudo a partir de 1314, quando o papa Clemente V, confirmou a Bula de Urbano IV e, logo depois, o papa João XXII, publicou na Constituição Clementina o dever de se levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas, a festa foi acolhida por toda a Igreja e a celebração se tornou muito popular, sobretudo com as procissões nas cidades e pelos campos. A decoração das ruas para a Procissão de Corpus Christi é uma herança de Portugal e tradição brasileira.

São Tomás de Aquino destacava três aspectos teológicos centrais do sacramento da Eucaristia: Passado, presente e futuro. Primeiro, a Eucaristia faz o memorial de Jesus Cristo, que passou no meio dos homens fazendo o bem. Depois, a Eucaristia celebra a unidade fundamental entre Cristo com sua Igreja e com todos os homens de boa vontade. Enfim, a Eucaristia prefigura nossa união definitiva e plena com Cristo, no Reino dos Céus. A Igreja, ao celebrar este mistério, revive estas três dimensões.

De acordo com o Concílio Vaticano II, o sacrifício eucarístico é fonte e centro de toda a vida cristã. Com efeito, na santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo. Por isso, o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor, presente no sacramento do Altar, onde descobre a plena manifestação do seu imenso amor.

Segundo Papa Francisco, a Eucaristia, é o coração palpitante da Igreja, é a única matéria nesta terra que tem verdadeiramente sabor de eternidade.

“Queridos irmãos e irmãs, escolhamos este alimento de vida: ponhamos em primeiro lugar a Missa, voltemos a descobrir a adoração nas nossas comunidades! Peçamos a graça de nos sentirmos esfomeados de Deus, de nunca nos fartarmos de receber o que Ele prepara para nós”. (Homilia de Corpus Christi, 2018)

Nossa Igreja, nestes tempos de pandemia, celebrará essa Grande Festa do Corpus Christi com muita solenidade, devoção, zelo e fé. Haverá missa online, passeio do Santíssimo e Adoração Eucarística Solidária. nas nossas capelas.  Confira no link toda  programação para esse dia importante para nossa fé e para tradição católica.

CORPUS CHIRSTI NO FUTURO SANTUÁRIO SANTA RITA DE CÁSSIA

Daniela Saissu – Pascom Futuro Santuário