SANTOS JUNINOS

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Quando vemos o mês de junho chegar, nossos pensamentos vão para os santos juninos, sendo eles: Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo. Além dos santos serem populares, acrescentamos as belíssimas festas que acontecem nestas datas. Chamamos de festas juninas porque acontecem, evidentemente, no mês de junho, tornando o mês mais festivo do calendário dos santos. As igrejas que têm estes santos como padroeiros, normalmente estão envolvidas em quermesses, tríduos, novenas, procissões e uma infinidade de atividades.

Cada um deles é importante para os seus devotos e todos merecem a mesma reverência, pois todos têm grande valor espiritual: Santo Antônio de Pádua (dia 13), São João Batista (dia 24) e São Pedro e São Paulo (dia 29), são os santos populares do mês de junho. Estes santos têm, no calendário romano oficial, importância diferente da sua valorização popular. A vocação destes santos são diferentes, mas unificadas pelo mesmo ideal: servir o Reino de Deus.

SANTO ANTÔNIO

A história de Santo Antônio é muito conhecida, sendo um dos santos mais populares da Igreja católica. Chamava-se Fernando, nasceu em Lisboa- Portugal, filho de uma família nobre. Fez parte dos cônegos que seguiam a regra monástica de Santo Agostinho, no mosteiro de São Vicente, em Lisboa, e depois no mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra. Dedicou-se profundamente ao estudo da Bíblia e dos Padres da Igreja, adquirindo um conhecimento profundo de teologia que o tornou um grande pregador. Na cidade de Coimbra, um fato mudou sua vida: vendo as relíquias de cinco missionários franciscanos que foram martirizados no Marrocos, pediu para deixar os cônegos agostinianos e pediu para ser um frade menor de Francisco (o Santo). Adotou o nome de Antônio e partiu para o Marrocos. Lá ficou doente e tendo que regressar foi parar na Itália. Depois começou sua vida de pregação onde nos famosos Sermões que Santo Antônio realizava, falava sobre a oração que é como uma relação de amor e alegria do homem para com o Senhor.

A Santo Antônio foi atribuída uma série de milagres, como a multiplicação dos pães, os peixes que vêm ouvir sua pregação, o menino Jesus que lhe explicava sobre as escrituras, a recém-nascida que começa a falar, o jumento que se ajoelha diante da Eucaristia, sua presença em dois lugares ao mesmo tempo, e tantas outras lindas histórias que faz parte de sua vida e que acabou misturando-se a lendas, nascidas da imaginação popular. A devoção a Santo Antônio está mais relacionada com a caridade, benção dos pães e promessas para se casar. Segundo, ainda a tradição popular, se colocarmos um pedaço de pão atribuído à benção de Santo Antônio no meio do arroz cru, nunca faltará alimento na casa desta família. A mais conhecida delas, certamente é da promessa de casamento, que muitos acreditam que podem deixar a imagem dentro do poço ou de cabeça para baixo dentro de um armário e somente retirar ou virar a imagem quando chegar o dia do casamento.

SÃO JOÃO

Apesar de São João ser muito popular, muitos católicos ainda confundem São João Batista com São João Evangelista, devido às figuras religiosas sempre apresentarem São João como um menininho com o cordeirinho no colo.

João Batista era primo de Jesus, e é também chamado de João, o “Batizador” , pois foi ele quem batizou Jesus no Rio Jordão, além de ter feito inúmeros batismos em judeus e gentios arrependidos, por isso Batista, o apelido. Instituiu de certa forma o batismo católico na água. O santo morreu com a cabeça decepada a pedido de Herodes, por uma promessa que fizera a Salomé.

No entanto, São João é venerado como o “santo das colheitas”, talvez porque sua vida tivesse um sentido mais próximo da natureza, pois se alimentava de insetos e mel, além de viver como um eremita. Ele está nos cultos populares, sempre olhando para as plantações, como se cuidasse delas. Sua festa é sempre embelezada de flores e plantas, e também é costume aqui no Brasil, de se levantar um mastro com a figura tradicional do santo com o cordeirinho, ornamentado com espigas de milho, cachos de arroz e flores. A vocação deste Santo, considerado pelo próprio Cristo “o maior homem nascido de mulher” é proteger o povo camponês, na sua árdua luta de cada estação para sobreviver e colocar alimentos em nossas mesas.

SÃO PEDRO

São Pedro foi escolhido por Jesus Cristo para ser o responsável pela edificação de sua Igreja “Tu és Pedro e sobre ti edificarei a minha Igreja” (Mt 18:16). Pedro era pescador e possuía com alguns outros uma frota de barcos. Assim tem-se o encontro de Jesus com Pedro, quando o Mestre foi fazer uma pregação e pediu um barco para Pedro para que todos os que lá estavam pudessem ver o Senhor. Começou assim o que viria ser o sucessor de Jesus Cristo e o edificador da Igreja católica.

Pedro, após Pentecostes saiu pregando indo até a Antioquia e de lá até Roma. Segundo consta ficou mais de trinta anos em Roma, até sua morte, no seu martírio na cruz de cabeça para baixo.

São Pedro é venerado como o “santo das chuvas”. Sua imagem mostra Pedro com uma chave em sua mão. Os devotos atribuem a Pedro o poder de controlar o tempo, onde pedem chuva, principalmente em regiões de lavoura e pecuária, cuja importância da água é fundamental para a sobrevivência das colheitas e do gado.

SÃO PAULO

 Sempre vemos a imagem de São Paulo com a espada de sua decapitação, como também um pergaminho, recordando que este Santo foi um grande pregador do Evangelho. Saulo de Tarso, depois Paulo de Tarso, conhecido também como Apóstolo Paulo, ficou na História do Cristianismo como São Paulo.

Foi sem dúvida alguma o maior influente do cristianismo primitivo, tendo suas cartas paulinas colocadas no Novo Testamento. Seu papel foi fundamental para a evangelização dos cristãos. Em suas viagens deixou comunidades em todos os lugares onde passou.

No início foi perseguidor dos primeiros discípulos de Jesus na região de Jerusalém. Durante uma viagem entre Jerusalém e Damasco, Saulo teve uma visão de Jesus, que estava sob uma grande luz. Ficou cego temporariamente por três dias, converteu-se e foi batizado por Ananias. Por ser cidadão romano possuía uma situação privilegiada dentro do Império Romano.

Após sua conversão mudou radicalmente sua vida e começou sua obra missionária. Ninguém jamais fez na história do Cristianismo um caminho tão fantástico como Saulo fez, através de três grandes viagens missionárias, inclusive em uma delas chegou a sofrer um naufrágio. Foi parar em Roma junto com Pedro. Não escapou a sina dos apóstolos e também morreu martirizado pela fé cristã.

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Melissa Novais Sá – Pascom