No último dia 1 de fevereiro de 2023 tivemos a honra de inaugurar o Centro Catequético Dom Albano Cavallin em nosso Santuário Santa Rita de Cássia. Momento único e escolhido com muito carinho para homenagear a quem tanto se doou a Santa Igreja, dedicando seu tempo e sua vida para a Arquidiocese de Londrina, em especial no Santuário Santa Rita Londrina.

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Celebramos o sufrágio de Dom Albano Cavallin – um Bispo Catequista, e o seu lema episcopal era: interpretava-lhes as escrituras. Ele estudou no Instituto de Catequese da Bélgica, um instituto de referência, o que ajudou a impulsionar ainda mais a sua vocação na catequese e no trabalho episcopal.

O santuário Santa Rita de Cássia Londrina tem a honra de entregar o memorial e o testamento espiritual de Dom Albano Cavallin, representando um pouco da gratidão refletida no muito que Dom Albano fez para a comunidade Santa Rita. 

Dom Albano tem uma história particular no Futuro Santuário Santa Rita de Cassia. Foi ele quem instituiu, no dia 29 de novembro de 1995, a Paróquia Santa Rita de Cássia. Os fiéis costumavam ir rezar no abacateiro e tudo era muito precário e improvisado. Nesse período, a então capela Santa Rita de Cássia foi desmembrada da paróquia Nossa Senhora das Graças. Essa elevação à paróquia foi assinada por Dom Albano. O centro pastoral abrigou o Seminário Diocesano Propedêutico São José, ficando em torno de 5 anos na paróquia, um fato pouco divulgado.

Em certa ocasião da ordenação presbiteral do Pe. Edivan Pedro dos Santos, Dom Orlando Brandes – Arcebispo de Londrina da época – pediu para que Dom Albano preparasse de um dia para o outro a homilia, e este se recusou, dizendo não estar preparado e que não tinha estudado. Dom Orlando bateu em seu ombro e falou: – A vida te preparou. Em obediência a Dom Orlando, no dia seguinte, Dom Albano estava lá para mais uma vez nos presentear com seus ensinamentos. Foi então que ele, com sua infinita sabedoria, entregou os presentes para Pe. Edivan, que ficaram registrados e guardados no coração do padre.

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Os presentes estavam em uma caixa e, conforme Dom Albano ia retirando-os, explicava o significado de cada um dentro da homilia. Quando ele retirou um relógio, uma agenda e uma caneta, disse com muita unção: – Este relógio é para que você nunca perca o tempo com coisas bobas e gaste muito tempo com as coisas de Deus. Esta agenda e esta caneta é para anotar e guardar todos os seus compromissos. Precisamos ter uma vida organizada, para atender bem o povo de Deus e cuidar da Igreja e das pastorais.

Dom Albano foi também o bispo que acolheu padre Edivan no Seminário de Londrina e por muito tempo seu diretor espiritual.

Toda a comunidade Santa Rita de Cássia – matriz e capelas – tem gratidão pelo trabalho de Dom Albano. O Memorial e Centro Catequético foram as formas encontradas para homenageá-lo e agradecer por todo trabalho realizado na comunidade. Ele que cuidou de nossa Paróquia e por ela rezou, como pastor e pai, agora do Céu intercede pelo nosso Santuário. Amém.

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Conhecendo um pouco da sua história

“Paranaense, nascido na Lapa, Dom Albano é neto de imigrantes italianos, sendo seus pais Pedro Cavallin e Celestina Bortoletto Cavallin.
Desde os 7 anos, na primeira comunhão, manifestou desejo de ser padre, entrando com 10 anos no Seminário Menor de Curitiba. Viveu 16 anos de formação no Seminário de São Paulo, São Leopoldo, Roma e Bélgica.
Foi ordenado Padre com 24 anos. Por alguns anos, foi padre coadjutor na Catedral Basílica de Curitiba e depois pároco na Igreja de Santa Terezinha, na mesma cidade. Levado para o Seminário, ali ficou por 20 anos, colaborando na formação de dezenas de padres, bispos e cardeais.
Na formação do clero viveu intensamente o período de renovação da Igreja pelo Concílio Vaticano II, do qual foi um promotor, como Secretário da Regional Sul II do Paraná. Na formação procurou sempre infundir nos Seminaristas um amor à Igreja, sobretudo na sua renovação conciliar.
Sua vida como Padre e Bispo foi marcada pelo apostolado catequético, reconhecido por todos como Bispo Catequista, no Paraná e na CNBB Nacional. Foi o incentivador do conhecido Manual de Catequese “Crescer em Comunhão”, em 5 volumes, com uma tiragem de mais de dois milhões de exemplares.
E com estes livros a catequese renovou os ares, foi vista e acolhida de forma diferente. Como Dom Albano gostava de contar histórias, os encontros de catequese com estes exemplares ficavam cada vez mais leves e atraiam mais crianças às igrejas. Aos 75 anos, em 2006, apresentou sua renúncia e tornou-se Arcebispo Emérito de Londrina.
Como Bispo Emérito gostava de recordar o Conselho do Papa João XXIII a um Bispo Ancião: “Agora, sua função mudou em relação à Igreja. Deve rezar por ela e isso não é menos importante do que agir”. Gostava de rezar por todas as vocações a jaculatória: “Senhor, enviai vocações; Senhor, enviai muitas vocações; Senhor, enviai muitas e santas vocações para a Igreja de Londrina”.”

Texto retirado do Requerimento, nos termos do art. 218 do Regimento Interno do Senado Federal, do Senador Álvaro Dias, publicado em 6 de fevereiro de 2017.

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Trabalhos importantes sempre impulsionados pela ação do Espírito Santo.

“Dom Albano foi Bispo Auxiliar em Curitiba, vivendo sempre no Seminário Maior Rainha dos Apóstolos. Transferido para a Diocese de Guarapuava, fez uma experiência de Bispo Missionário. Em Londrina, de 1992 a 2006, continuou cuidando da Formação do Clero, fundando o Seminário Propedêutico, o Curso de Teologia na PUC e a instalação do Diaconato. Idealizou e construiu o prédio do Centro Pastoral, da Rádio Alvorada, e a reforma do Emaús.

Imitando São Paulo, procurou viver o lema apostólico de “solicitude por todas as Igrejas”.
Participou das Missões Populares de Londrina, no qual reuniu 14.000 missionários leigos que, durante um ano, visitaram 90.000 lares nas cidades da Diocese. Morreu em 1º de fevereiro de 2017, devido a complicações de uma cirurgia cardiovascular”.

Texto retirado do Requerimento, nos termos do art. 218 do Regimento Interno do Senado Federal, do Senador Álvaro Dias, publicado em 6 de fevereiro de 2017.

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